quarta-feira, 18 de julho de 2007

Ainda Morro de Rir...

Aquió, ó eu aquió, cheio de nove horas...
Eu ia dizer cheio de dedos, mas iam pensar que era pura implicância, então vai de nove horas mesmo... É que me deu vontade de abrir o coração.

Vocês podem até pensar que eu não gosto do Lula. Que eu pego no pé dele. Que eu não tenho respeito. Que meto a mão com ele. Que pego pesado. Que uso e abuso.

Tem gente que pensa isso. Tem até quem ainda nem é gente e já fica indignado com meus blogs e com o Zoón Polítikon e a CrítiKa, espaços que o Diário da Manhã, lá de Pelotas no Rio Grande do Sul,tem a ousadia de me conceder todo santo dia. Um atrás do outro. Mas isso é coisa de uns que outros que ainda estão nos cueiros das faculdades, estudando muito mais um jeito de ter ficha no PT do que diploma embaixo do braço.

Não é que eu não goste do Lula. Não é nada disso. Eu até me divirto muito com ele. Acho ele engraçado. Gordinho, embuchadinho, pançudinho. Uma graça, uma fofura, de olhar maroto, cheio de esperteza e língua presa que nem o Romário. E chuta que nem ele!

Quando sei que Lula vai tomar aquele lauto “Café com o Presidente”, colo o ouvido no rádio; se for na televisão, pego pipoca e guaraná e me acomodo na poltrona. Dali ninguém me tira. Não perco um quadrinho com Lula por nada desse mundo. Mal ele aparece, eu já começo a rir.

Que figura! Sei lá, acho que ele é muito lula e pouco presidente. É por isso que tomo intimidades. Do contrário, eu o chamaria de excelência. Mas, não, ele não tem jeito de presidente. Penso até que ele se incomoda um pouco com isso. Que nem eu. Mas isso acaba sendo um bom jeito da gente ficar confiado. Talvez até, o único jeito de se ter confianças.

Os programas dele são que nem as chanchadas da Atlântida. Morro de rir. Fico esperando aparecer a qualquer momento o Oscarito e o Grande Otelo; sei lá, o Ivon Cury cantando. Aí, me surge um porta-voz que parece o Cyl Farney intepretando “Risque”, ou aparece a Dilma que me lembra a Eliana fazendo a “Sombra da Outra”. Volta e meia a Marina Silva me faz bailar na curva, como se fosse a Adelayde Chioso com seu efeito sanfona. Só que é estufa. Já o Zé Dirceu eu sempre penso que é o eterno vilão José Lewgoy no papel do ingênuo caipira Mazaroppi.

Mas, como eu dizia, gosto do Lula. Ele é engraçado. De gravata e paletó Armani, então, é impagável. Aquelas mangas dos casacos dele até parece que foram feitas sob medida pro mano Vavá. Acho isso um número. Ele é engraçado. Diz cada coisa. E com tanta certeza que isso de falarem que ele nunca sabe de nada é só papo furado. Lula sabe de tudo. E quanto mais ele sabe, mais ele me causa frouxos de riso. Mais, muito mais, ele me faz rir. De nervoso. De medo, acho eu. Quanto mais Lula souber, mais eu sei que tenho medo. Agora mesmo, em pleno e republicano caos aéreo, tô morrendo de rir.

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