sexta-feira, 14 de setembro de 2007

PAU À VONTADE
No day after da absolvição de Renan, Pedro Simon vai ao plenário e, dentre outras estupefações, diz com todas as letras: “Em 60 anos de vida política, nunca vi tanto pau no senado”! Não olhou direito, senador.

MENTIROSOS
O jornal Folha de São Paulo ouviu 75 senadores depois da absolvição de Renan e 43 disseram que tinham votado pela cassação. Quer dizer, há pelo menos oito senadores mentirosos.

DESCARGA
Na sessão ultra-secreta do Senado, Renan acusou Heloísa Helena de sonegar R$ 1 milhão à Receita Federal. Falava de uma querela fiscal relativa a verbas de gabinete, ainda do tempo em que Heloísa era deputada estadual em Alagoas. A ex-senadora, respondeu na bucha: "V. Exa. passe água sanitária na boca antes de falar meu nome". Renan, que defende a necessidade de provas para que alguém seja acusado, não passou recibo do que dizia. Tudo bem dentro do padrão de hálito senatorial.

VAI FALTAR
São 40 os réus mensaleiros; são 40 os abonadores de Renan Calheiros... Vai faltar Ali Babá pra tanto companheiro.

INJUSTIÇA
Essa absolvição de Renan é a cara da desigualdade social no Brasil: Fernandinho Beira-Mar e Marcola estão presos. Cadê as provas? Cadê?!?

FORTE RENAN
Osama Bin Laden conseguiu, num 11 de setembro, derrubar as torres gêmeas de Nova Iorque. Aqui, num dia 12 de setembro, 40 senadores e seis traíras derrubaram o Senado, mas não conseguiram derrubar o forte Renan.

FOGO AMIGO
Já andam dizendo que no ataque ao trem, lá no Rio de Janeiro, os ministros de Lula foram vítima de “fogo amigo”. Se os bandidos soubessem que os passageiros não eram uma facção inimiga, jamais teriam atirado contra a companheirada.

FELICIDADE GERAL
Dizem que abstenção foi alcançada, graças à promessa de que Renan deixaria a presidência do Senado. Só que esqueceram de combinar com ele. Agora, de moto próprio, ele não levanta os fundilhos daquela cadeira nem a pau. Precisa do poder que emana daquelas almofadas para se defender dos três processos que correm contra ele. Como o governo Lula está de olho nos R$ 40 bilhões do Imposto do Achaque, Renan pode negociar seu cargo pela bagatela, desde que os processos em andamento sejam fechados numa gaveta a sete chaves. E, assim, fica um reles senador da República, para felicidade geral da nação.

UM PISCAR DE OLHOS
A renúncia de Renan à presidência do Senado vale um pouco mais do que os R$ 40 bilhões da CPMF – o Imposto do Achaque. Vale o engavetamento dos três outros processos que correm contra ele. Isso e mais umas pequenas circunstâncias amolecem a oposição num piscar de olhos.

UMA DE ÍNDIO
Renan Calheiros diz agora que foi um dos seis que se abstiveram de votar pela sua cassação. Depois dessa, ele nem precisa contar uma de índio, basta mais uma de vaca.

GANDAIA
CPMF é o dinheiro da gandaia governamental. É o azeite que move a máquina do governo. Criado para tratar da saúde, o imposto do achaque é usado para dar boa vida aos portadores de carteirinha dos partidos aliados.

O DRIBLE
Dizem que, na adolescência, Renan era bom de bola. Seu lance mais comum dentro de campo era o drible da vaca.

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